quarta-feira, julho 21, 2010
pequeno dicionário de vidas
ele chega por volta das dezoito horas, descendo a paulista devagar, ainda existe luz do sol, mesmo com as lâmpadas aquecidas para uma longa madrugada, quer vê-la porque está fora do juízo, porque não pensar também faz parte das escolhas possíveis, as coisas são o que são, e ninguém pensa na hora de fazer exatamente o que quer fazer, ou pelo menos não deveria, ele aceita a consequência e aproveita o momento para ser o dono da situação, escolher com que tipo de crueldade vai conduzi-la até o hotel e ser o homem que ela precisa. afinal, ela quer e toda necessidade é urgente. faça a sua vontade. com o ódio que ela merece e seu profundo e inevitável prazer. os dois ganham.