terça-feira, julho 21, 2015

nome

um nome repetido, que volta dormindo, que aparece na esquina, na sacola do pão de queijo, na bolha branca do café, na raiva, no sonho, no tudo, toda hora, sete dias, dois anos e contando.

quinta-feira, julho 02, 2015

antes-que

antes do irreversível, antes que seja remanejado, antes do futuro, antes que dezembro brote como um quadro torto de ações, afasia e compulsão (bom conselho não se dá), deixa o silêncio estacionar as expectativas, cala a boca, tranca a porta, toma o pulso e aceita essa força inconsciente de preservação. inspira, dorme, sonha, acorda e cospe, atua como um sábio que não faz a menor ideia do que está fazendo, como um nonagenário que força os exercícios na praça deserta, como uma pai que paga contas, como um marido que trabalha, como qualquer um que não existe. e então uma selva de inexistentes surgirá antes que o mês acabe.