sábado, agosto 25, 2007

Inferno Astral

Pois é, acontece. Tudo anda estranho nessa metade dos vinte anos, nesse meio pro final do ano, nesses dias que faltam pro aniversário. Vai saber o que é isso. Engraçado que aprendi algumas coisas importantes no meio do buraco atual e espero voltar a escrever aqui logo.

Com amor e tal. Apesar de assim ser mais caro.

quarta-feira, agosto 15, 2007

Não pode ser igual



Foi um ótimo registro do meu casamento, desde 2003, com esse (agora) saudoso contrabaixo preto. Que os nossos caminhos sejam cada vez melhores.

quinta-feira, agosto 09, 2007

Avenida Consolação

Eu não me arrependo de você

Foram quatro cervejas e ela sorriu com dentes de benção. Estávamos tão longe de casa para caminhar de mãos dadas pela Consolação inteira, mas mesmo assim resolvi seguir seu desejo louco. Fomos então, olhos abrindo e fechando como os bares da calçada. Natália usando seu vestido cor de caramelo parecia o início do novo dia que queira se anunciar em cada espaço não preenchido pelos néons das lojas de roupas que iluminavam as ruas transversais. Acendi seu cigarro e beijei o outro lado que me oferecia do rosto enquanto ela tragava a primeira fumaça com aquele seu ar de desprezo com a vida real. Natália, na luz da madrugada, fumava e me dizia bobagens lindas.


Vermelho-esquina-quase-Augusta

No sofá agora nos beijamos enquanto os filmes passam na televisão muda. Ela tira a calçinha e senta no meu colo, escorregando as coxas nas minhas coxas e diz que já me ama tanto, que quer ficar aqui uns dias, que não duvida nem um pouco do que podemos ser juntos. Beija meu pescoço com calma e caminha os dedos, vagarosamente, pelo espaço que encontra entre meu rosto e cabelo. Começamos a trepar e Natália se movimenta em silêncio, meus olhos vão correndo por cada detalhe de seu corpo, tentando talvez fotografa-lo pra sempre na memória mais segura dentro do cérebro. Abaixo a alça do vestido e beijo seus seios enquanto ela aumenta o ritmo e arrasta suas unhas em minhas costas com cuidado e carinho. Lá fora o barulho da rua não importa.

sexta-feira, agosto 03, 2007

Luz fria - Hora H

Te olhando assim
tão distante de chegar
perco a hora, perco o chão
tomo o café no bar.

Se hoje eu não te entendo mais,
de quem é a culpa eu não sei.
É desse vício de viver assim
ou da mania de deixar tudo pra lá?

quinta-feira, agosto 02, 2007

Ana corta o cabelo (ou o fim.)

Pois é. A nuca agora exposta já diz que o sonho acabou de vez, não é Fitzgerald? A menina foi embora e levou o sonho, as cores, as chances. Levou meu ano inteiro com ela. A esperança também foi embora e só ficou mesmo esse vazio do inferno, esse gosto de derrota lenta, gosto de suor salgado. Eu sigo tentando de olhos fechados, ou pior, de cabeça fechada para o mundo. Não quero novidade, carro, supermercado, cerveja, criança ou pão com margarina. Não quero contato.

O cabelo agora é só detalhe no chão marcado de sol. Ela vai longe e pensa em detalhes, agora anda nervosa com as responsabilidades, com os 30 dias que perdeu nas férias, vai ver só pensa em viver e pronto. Pra que mais, meu filho? Não complica que isso tudo é outra vez coisa da sua cabeça.

Coisa, sabe "coisa"? É só isso. Besteira, besteira e besteira. Agora esquece esse lance de sonhar e vai viver no concreto lá da avenida Maracanã, vai que lá a vida faz mais sentido que a arquitetura soviética, sabe? Lá as pessoas pulam do décimo andar se começa a ficar realmente tudo muito complicado. Entendeu então? É até bem simples: Ana cortou o cabelo e pronto. Não tem razão que explique a violência da vida pra quem resolve sonhar em voz alta. Você não quis isso? Não resolveu seguir com ela aquela noite? Então pronto, porra. Cala essa boca enorme e aceita que acabou. Tudo acabou no seu peito, no coração e em cada fio que a tesoura levou.

Ana acabou aqui nesse hotel. Passar bem.

quarta-feira, agosto 01, 2007

Voltando depois dos dias

Eu voltei e tal. Voltei com vontade de fazer muita coisa ao mesmo tempo. Amanhã tenho novidades de verdade, ok? Por hora fiquem com essa bela canção que abre e fecha um dos contos do meu (futuro-caminhando-tá-chegando) livro - 'Gávea Hardcore':