quinta-feira, julho 22, 2010
sonho número 401
é uma vontade tão descontrolada, coisa de não saber como algo fora de questão pode virar um pequeno hábito, que aumenta a cada passo em direção ao objeto, como uma promessa do impossível, cinza no fundo e manchas amarelas e azuis, como um vestido de noite contra a parede vermelha, quase isso, ou exatamente. para palavras que se quer usar, ruas possíveis, conversas intermináveis, as possibilidades são sempre a ruína de qualquer pobre diabo, faminto, grudado ao corpo mas correndo por fora dele, com o espaço inominável do cérebro onde se guarda esse tipo de coisa, lugar que ferve, lugar que arde na bagunça de ser a expressão descontrolada do inconsciente, que deveria dormir em paz, que nem deveria existir, escapando pode ser perigoso, destrutivo, um horror para a sanidade do óbvio, mas colírio para a sanidade da alma.