pela rua, como em uma folha em branco, ela pisa as pedras do largo qual ao rio são francisco. a vontade ferve por dentro, a respiração é qualquer coisa, quase o não pensar, o corpo tomando conta, o cérebro vazio e áspero na teia do caminho que deságua naquele sobrado azul. ela sobe.
- quer que seja assim?
- sim.
a blusa de listras ultrapassa a pele dos braços como quem diz que é necessário, ela vai mostrando o corpo e estaciona como uma entidade para seu ebó, purificando instantaneamente a alma. o ruído das pessoas, a luz do fim do dia inundando as persianas, tudo parece desacelerar.
e ele não tem tempo de nada além do que olhar por horas.
sem palavras.