quinta-feira, novembro 30, 2006
História da vida privada
A relação dos romanos com a morte era ótima. Algo como um sono eterno, nada muito relevante ou digno de alguém perder tempo demais imaginando. Essa idéia de se preocupar com o que acontece depois da vida, aparece só mais tarde com o cristianismo. Para os Romanos o que importava mesmo era o Hoje e o Agora. Como disse uma vez o velho lobo (que pelo amor de Deus, não é o Zagallo): melhor viver 10 anos a mil, que mil anos a 10.
Muito boa essa linha de raciocínio deles. Toda diversão era justificada e agradecida a Baco, o deus do vinho, figura mais representada nas casas daquela época. Era o deus das festas, celebrações e banquetes. Todo mundo perdia a linha (comendo deitados, acreditam? cadeira era coisa de pobre) e depois era só agredecer ao grande Baco.
Depois conto aqui o que significava ser um "queridinho" na Roma antiga. Uma coisa realmente lastimável, pode acreditar...
"... Baco era o filho do deus olímpico Zeus e da mortal Sêmele. Deus do vinho, representava seu poder embriagador, suas influências benéficas e sociais. Promotor da civilização, legislador e amante da paz. Líber é seu nome latino e Dioniso é seu equivalente grego ..."
terça-feira, novembro 28, 2006
segunda-feira, novembro 27, 2006
Fim de feira
"Strung out like some Christmas lights; Out there in the Chelsea night."
sábado, novembro 25, 2006
As cores da embalagem
A felicidade é química, e fundamentalmente, industrializada.
sexta-feira, novembro 24, 2006
Mojo books: escolhi o amor e o inferno
Acho que nada poderia ser tão apropriado. Vou falar das relações entre amor e inferno, com a voz de quem realmente transita sempre por esses espaços. Um Hotel com nome de casa do amor, perdido na poeira do bairro da Lapa. Tudo é tão próximo e vivo, que não existe separação aparente. O que não for secreção, talvez apareça como delicadeza, ou transborde pelo sorriso constante das três garotas que ensinam um cara perdido a viver melhor no amor, ou no inferno.
Tália, Abigail e Eufrosina. Ou melhor: Isabel, Patrícia e Cecília. A beleza, o amor e o prazer. Quem garante que o inferno não se compõe disso? Toda queda, inevitavelmente, deixa algum resto dessa vivência na boca. Justamente por aí, que pretendo caminhar sem medo algum de me perder pela estrada, ou pelo quarto, calçada e mar. As melhores alegorias que consegui para essa história.
Pode ser só o início. Pode ser pouco. Pode ser tudo ou só alguma coisa. Pelo menos, como forma de transformação vai servir. Em janeiro é ouvir o disco, ler o livro, e quem sabe descobrir que amor e inferno podem ser a mesma coisa. Do jeito mais bonito que eles conseguem ser. Amando a queda, ou o caminho. Até ela.
quinta-feira, novembro 23, 2006
terça-feira, novembro 21, 2006
Quando a tempestade passar me encontre em qualquer sentido
No momento aprender Direito Constitucional, Administrativo e Eleitoral em dois meses é meu sonho de consumo. Se a minha força de vontade for capaz disso, aí amigão, nada mais pode me parar. Quando acordar, já sei que vou procurar algum disco pra ouvir enquanto tomo banho e a única coisa legal vai ser Racionais mesmo. Mas entende, isso tá me matando, saca? Essa tristeza toda da vida de merda que as pessoas vivem nas músicas. Mas ninguém faz música com esperança mais, só essa bosta de "Eu te amo" açucarado que dominou o mundo. Tá foda escutar qualquer coisa.
O fim do ano vem chegando e o destino anda dizendo que os bons estão nessa é pra se fuder. Posso me livrar esse ano? Só uma vez não entrar na barca dos que vão passar pra 2007 não querendo que a coisa piore ainda mais? Mas eu tenho coragem, e você sabe como é, uma hora eu tiro onda e acabo ganhando no final.
Agora vou indo lá, que ela pode chegar mais cedo. Aqueles olhos lindos sempre chegam mais cedo. Quer tomar um café? A manhã é a melhor parte do meu dia agora, acredita?
domingo, novembro 19, 2006
I want to be Raduan
afinal, alguém precisa, pilantra, (e uso aqui tua palavrinha mágica) 'assumir' o vilão tenebroso da história, alguém precisa assumi-lo pelo menos pra manter a aura lúcida, levitada sobre tua nuca; assumo pois o mal inteiro, já que há tanto de divino na maldade, quanto de divino na santidade; e depois, pilantra, se não posso ser amado, me contento fartamente em ser odiado"
quarta-feira, novembro 15, 2006
Nouvelle vague
terça-feira, novembro 14, 2006
10 razões para odiar o Leblon
02 - 99% dos moradores tem cachorros de raça, limpos, bonitos e bem tosados. Nunca vi um vira-lata por lá.
03- Esses 99% fazem questão de passear com seu cãozinho no período tarde/noite. O que adianta tratar, limpar e tosar, se você não pode exibir, não é mesmo?
04- 80% das meninas são lindas, magras, gostosas, tostadinhas de praia e com o cabelo maravilhoso. Talvez se masturbem pensando no quanto são deliciosas, tamanha a cara de nojo para com o universo fora do umbigo.
05- O único lugar no Rio de Janeiro onde você paga mais que 5 reais pela dobradinha: média + queijos minas na chapa. Olha que nesse assunto sou especialista.
06- Até admito que pode ser chatice minha, mas toda vez que piso lá, fico com a sensação de que em nenhum outro lugar se detesta tanto esse típico brasileiro chamado "pobre". Acho que os que aparecem sem convite prévio, os moradores fazem questão de esconder sob o tapete.
07- Existe coisa mais babaca e chavão do que ouvir alguém dizendo "Eu pago o maior IPTU do Rio" para em seguida reclamar de como a prefeitura cuida do seu paraíso mágico?
08- O inferno em vida é achar que o "Bibi Sucos" é a "cara-do-RIO"! Arrrrgghhh!
09- E o que dizer das novelas do Manoel Carlos? Onde tudo é Helena-cultural-de-protesto-bonito-limpo-Regina-Duarte-José-Mayer-no-LEBLON. Ainda bem que a imensa maioria dos brasileiros não entende mesmo que Leblon é um bairro.
10- Ainda com tudo limpo, leve, lindo e solto, o Leblon é um porre.
*** Post dedicado à memória de Franz Paul Heilborn, mais conhecido como Paulo Francis.
domingo, novembro 12, 2006
23:00
Reconheço sutileza em cada detalhe do rosto de uma delas, até na pinta que inevitavelmente traz uma atriz a cabeça. Ela sorri bem mais bonito. Preciso dizer alguma coisa. Ela olha tão nos olhos dessa vez que acabo virando o rosto no reflexo do encontro de olhares. São tantas as bobagens que digo nessas horas.
- Olha, eu já estou de saída, mas não queria ir sem pegar seu telefone. Ela me oferece os olhos e sorri pegando a caneta. Escreve Beatriz no verso do bilhetinho com os números.
sábado, novembro 11, 2006
sexta-feira, novembro 10, 2006
Sabor de olhar.
O nariz de traços árabes encravado no rosto angelical acaba me excitando ainda mais, e já inicio a tentativa de um novo encontro de olhares. Ela olha, presta atenção e sorri outra vez, agora ainda mais bonita. Tomado pela cara de pau e pelo sorriso mediterrâneo da garota, levanto e carrego meu livro até a mesa dela.
segunda-feira, novembro 06, 2006
Palavras exatas.
As pessoas simplesmente devem morrer pela música. As pessoas estão morrendo por tudo o mais, então por que não pela música? Morrer por ela. Não é bárbaro? Você não morreria por algo bárbaro?
Talvez eu deva morrer. Além do mais, todos os grandes cantores de blues morreram. Mas a vida está ficando melhor agora. Não quero morrer. Quero?"
* Lou Reed