domingo, abril 23, 2006

de publicidade e vícios

O mundo é uma soma doente dos dois. A menina do vestido bonito. O garoto do nariz redondo. O cigarro, a cerveja, a cocaína. A música pop, o samba, as putas.
De publicidade a vícios.

Você quer a melhor música, a melhor mulher, o maior dinheiro. E talvez até faça sentido, de alguma forma é claro. A maioria das pessoas come merda. Só que merda não só alimenta como dá prazer. Publicitário ou não.

95% do Jornalismo pode ser inútil e é. 95% da Política pode ser útil e é.
Os dois têm um que de vício, Publicitário é claro.

Quem vai ao Teatro? Eu não conheço quem paga aquele monte de notas de 1 real pra ir assistir a Orquestra Sinfônica Petrobrás. A música erudita ganhou um que de revolução na publicidade, viciante é claro.

É natural que o tempo não deixe pensar, muito menos o trabalho. Esse sim: não pode ter nada de vício nem publicidade, mas talvez seja o filho da soma dos dois. O filho gordo, com olheiras, que trepa quando dá e viaja nas férias.

Some e adicione a isso: Sexo, preconceito, depressão, irritação, chefes, humilhados, aproveitadores e aquela pessoa que você conhece que goza quando é aproveitada.

Isso eu não entendo ainda: come caro, veste mal e caro, viaja caro, é gorda caro, inculta caro, triste e infeliz. Não por pagar caro, mas por só encontrar o prazer onde entende como dor. Tem gente que chora quando dói. Mas é melhor doer do que o tédio de não sentir nada.

É... queridos...

Se não existe vida após a morte, estamos vivendo de publicidade e vícios.