segunda-feira, março 26, 2007

Eu não te conhecia

Lá. Deitada, pele com a minha cor, olhos perdidos de cansar a noite. Eu te desejando, te desejei, te desejo muito e você sabe. É pecado? É pecado. Eu paro. Conversamos e olhamos, e rimos, e você entende o meu senso de humor, e você sabe a hora certa de rir quando eu brinco com outra pessoa. É brincando com você, não é? Escondido, tem que ser assim, por debaixo de algum pano ou dos pensamentos que a gente soterra qual Jonas perdido na barriga da baleia. Eu te quero demais e não posso. Um dia. Outra vez. Um dia. Outra vez talvez seria. Um dia.

No seu corpo e no meu corpo. Outra vez. Um dia. Você está tão segura aí, eu sei. Eu te quero outra vez, só que diferente, eu não te conhecia, desculpa, você me merece melhor. Fica com o seu caminho certo. Nós dois, outro dia. Por favor. Você quer sair comigo, e rir, e descobrir, e mudar, e experimentar, e tentar, e variar e enlouquecer. Comigo. Aí é chão, aí é vida, é seguro, é casa, é comida, é fruto. Aqui é corte, é noite, aqui é o que você quer, mas olha, fica aí, por enquanto. É seguro. Eu estou aí quando você olha, você está aqui quando me aceita correndo o risco. Você quer correr perigo. Comigo.