domingo, agosto 13, 2006

Febre

Isso foi fazendo sentido aos poucos. Primeiro um pedaço, depois o outro. Uma construção. Com algumas pessoas eu tento dar o melhor de mim. Não adianta.
O melhor você só pode dar quando recebe o melhor do outro lado.

Eu sei que o amor ao outro é uma base clara do Cristianismo, pra mim até faz bastante sentido. Mas e o amor íntimo? O amor próximo (não ao próximo)?
O amor individual quem inventou? A ignorância não me permite ainda chegar a alguma grande conclusão.

O fato é que esse final de semana fiquei doente. Uma dor de garganta, uma gripe, febre. Apesar de ter passado por isso várias vezes sozinho, só agora prestei atenção no processo todo. Não existe coisa mais individual que uma doença. Só que foi também inevitável pensar que quem te ama pode sofrer mais que você com ela.

Talvez seja febre e eu não consiga dizer tudo o que eu quero. Acho que é mais ou menos assim:

Minha tia acabou de me ligar. Dizendo que amanhã de manhã meu primo vai deixar aqui um mar de remédios e uns biscoitos. "Uns biscoitinhos pra você."

Aí é que eu volto a entender a palavra AMOR que essa senhora me ensinou.

Não é paliativo... é um doce.