terça-feira, junho 13, 2006

These Foolish Things, Bela...

Ela leu isso aqui alguma vez mais? Ela sabe que aquela blusinha da foto é a coisa mais linda? Ela sabe que sou só uma página ainda pouco rabiscada? Acho que isso ela sabe sim. Acho que ela sabe até demais.

Parece até que é Paris. Parece até que é Chet Baker. Parece até que é Marlboro, janela e cool jazz baixinho às 02:53. Mas talvez seja só 2% de um romance, 5% de um disco ou 0,2% de um casal. E aquele sorriso que não sai da cabeça? Só me ensina o que eu faço com ele. Seria bom demais saber.

Acho que é feliz no sentindo mais restrito ou talvez no mais óbvio. Claro meu caro, que é possível esse romance todo de cinema americano old school, mas só ali: pele na pele, boca na boca. Amanhã ela tem aula cedinho?

Tem é medo. Tem é muito medo. Do psicopata maior, do homem mau que amou algumas poucas, que fez sorrir aquelas que não sabiam que o preço disso tudo seria chorar demais depois. Ela tem medo. Ela ficou é assustada. Assustada com o bom tom das frases dele. Com a coragem de quem enlouqueceu só com aquele sorriso de atriz de qualquer filme europeu.

Você me diz agora: Que merda de olhar é esse? Que bosta de sonho é esse que eu tenho só de olhar? Te levaria para passear pela cidade de São Paulo. Só que agora por favor me diga: Eu lá tenho cara de psicopata? Até escrevo um breve currículo do não-psicopata que sou:

24 anos. 3 amores. Uma faculdade de direito abortada. Outra de Comunicação cagada pelas pernas, umas musiquinhas aí de mentira, umas mentirinhas aí de plástico. Dizem até que tenho talento. Ainda não descobri pra que se tem isso e muito menos se utilizo para algo que alguém pague em dinheiro.

Mas olha, eu fui o melhor aluno até a quarta série.