mesmo realista ou trabalhando na frequência limite do inevitável, o sonho só existe para projetar o futuro. para tornar perfeito o minuto de desabafo onde a menina conta um pequeno pedaço da infância, como se regredisse ou esperasse o destino sem saber que alguma coisa vai chegar.
e presta atenção. observando os detalhes que cita aos poucos, com receio de cruzar os olhares e esclarecer a fagulha de interesse. deixar que a vergonha atravesse o muro e as coisas fiquem definidas.
estamos entendidos que existe um plano?
somos óbvios quando evitamos a coragem. e possíveis por encará-la como a única coisa que talvez no salve desses silêncios, dos pequenos medos, do caracol que reprime a vontade, que cobre o desejo.
no filme que continua, você pensa em conversar mais um pouco e aceita ser personagem desse pequeno começo: carinhoso, apaixonado e atento.