terça-feira, agosto 13, 2013

américa #1

da noite onde os maestros tiram a sobra de som que identifica sua linguagem, ainda em fitas de rolo, das ruas mal iluminadas e calçadas tortas com as pedras esquecidas pela cidade, de lá é que se conta o tempo dos que não suportam a sarjeta irrestrita, o lixo pessoa física, com a banda sonora abafada e kitsch de bernard herrmann engolindo seus sonhos de uma vida menos ordinária.

os mesmos instintos que te afastam do perigo dizem que o marasmo é seu maior fracasso. e que não adianta bater os braços na borda da piscina do inconsciente. a briga já começa perdida.

tudo é opressão. todas as escolhas são.

e esse mundo desgraçado te observa com pena e desejo, querendo te encontrar depois do pisão na lama, da mancada de quinta-feira no pescoço da madrugada, quando o inferno não sair da cabeça, martelando que de nada adianta não ser feliz. é ineficaz como projeto de vida. e te obriga a aceitar o jogo, como os rasgos da parte de baixo do vestido, como o amanhã do sol que cospe recomeço no meio da sua cara.

seja presa. mas não seja nada.

menos tédio?

ela diz:

tomara.