parece o início. não sei quem sou agora mas acredito na vaga ideia de quem fui nesse passado escondido. alguém aí lembra do cara que escrevia o chelsea nights? ele existiu, eu juro, mas não somos mais tão íntimos. quase não nos vemos, na verdade.
dois anos na casa nova. caiu a ficha depois de voltar do avião que eu sempre acho que vai cair. dois anos quase inteiros de um cara novo que ainda não conheço, não sei descrever e infelizmente não tive tempo e disciplina de documentar. tudo que não era forte já foi para a lata do lixo e a vida nova só guarda algumas neuroses, essas sim, eternas. tudo bem, é preciso conviver. na verdade é preciso vivenciar. aproveitar tudo que foi construído com a cola do sólido e do relevante. a sensação de só poder melhorar, sabe? falar disso é como tentar cuspir um início tímido de elaboração, a mais difícil delas até aqui.
não sei qual é a história, mas vou tentar inventar. prometo.