quarta-feira, abril 07, 2010

ensaio sobre o fim do mundo

nessas horas que detesto as pessoas, não a cidade ou a natureza, as pessoas. que gritam, odeiam, correm como baratas tontas pelo supermercado, dando murros umas nas outras, falando bobagens, fazendo piadas, com medo, com fraqueza no espírito, na alma de ratazana que se esconde no buraco úmido, são milhares nos ônibus, nas padarias, calçadas, farmácias, são covardes. e só a solidariedade que brota de poucos salva a humanidade dessa praga, desse vazio de nascer, brigar pelo egoísmo de ser mais rápido, mais esperto e morrer. elefantes indesejáveis. vidas sem razão alguma, passando desapercebidas, só mostrando que existem pela truculência dos tapas e gritos. do mau cheiro.

a socos e pontapés. analogia bem brasileira e cotidiana.