segunda-feira, dezembro 28, 2009
quase dez
os últimos dias do ano são estranhos. mais luz e ruído ainda. e eu aos vinte e oito anos faço uma edição da minha vida pós 1994 e chego a conclusão que não se pode prever nada. é básico e ridículo de tão normal. estamos acostumados a viver os últimos dias com a ressaca das derrotas sepultadas e a euforia de uma mudança futura, que pode vir, ou não, ou pelo menos não será tão óbvia quanto a força do acaso, essa sim é pontual, vem como um caminhão e até hoje não sei o que pode acontecer na esquina, a morte, a rotina, o tiro, a dor, a doença, o sexo, a cor, o vestido, o chão, a mão, o gozo, todos são tão possíveis que não resta dúvida de que a melhor opção é abrir as pernas. de olhos abertos.