quarta-feira, setembro 10, 2008

Segunda Metade do Amor e do Inferno

Acordei e o apartamento já estava vazio. Quando consegui encarar a sala, os móveis não estavam mais lá e o teto parecia não terminar nunca. “Eu ainda moro aqui”, pensei, e quis sentar no carpete que não vai sair do chão, o sol vazava a janela escancarada e fiquei por ali sentado, ainda ouvindo as músicas que tocaram na última festa, lembrei das pessoas dançando, da luz azulada que a Cecília colocou na estante de livros, ainda sei o que bebi aquela noite, as bobagens que disse aos amigos, e só assim sinto que faço sentido comigo. Ainda sou a pessoa que está aqui.