quarta-feira, agosto 06, 2008

Amarelo 71'

Quando penso que vou me livrar da febre, ela volta, passos lentos e o gosto de ternura que vem da proximidade que já estabelecemos. É um vício confesso meu, e mesmo a ordem dos fatores não alterando os fatos, eu insisto em tentar mudar alguma coisa. O discurso, a forma, o carinho, a oportunidade. Procuro uma brecha na programação que existe contra mim, no medo ou na falta de vontade. Até hoje ainda não encontrei. Mas nenhum coração é infalível.

Sinto que deve existir, os espaços abertos são pequenos, mas se até agora não fui vencido pelo cansaço, a revolução ainda não está de todo perdida. Já são muitas as batalhas sem nenhum sucesso, registradas aqui como momentos bonitos ou não, mas elas só me fortaleceram ou abriram fendas na rocha do outro lado. Às vezes dá pra enxergar a luz que passa pelos pequenos buracos. Outras pessoas também conseguem ver, o que diminui a possibilidade de miragem.

A coragem hoje se renova, mesmo a contragosto de tudo.