quarta-feira, julho 02, 2008

Agora os Dias de Julho

Eu ando feliz.

Tanto que quero dar um abraço no cara que inventou o Nescau Power, e outro no outro cara que pensou na cor da embalagem, mas o que importa mesmo é que o frio é uma realidade nesses dias e até já faz parte da minha rotina, e fica gostoso sentir o sol entrando pela janela do ônibus no caminho entre o Túnel Santa Bárbara e a Avenida Presidente Vargas.

Faço silêncio enquanto escrevo, mas acabo ligando a televisão pra ouvir música, e fico querendo almoçar no Amendotéque um dia desses, com aquele arroz todo, batatas e feijão temperado de verdade, e ainda tomar coca-cola, e cerveja depois, e lembrar de fumar agora, depois de escrever, na madrugada com vento frio em Botafogo, pra fazer a digestão, e esquecer o quase-tudo, porque eu já tenho o bastante, só preciso das coisas básicas para continuar vivendo. Sempre acabo descobrindo prazer nas coisas, na comida, na bebida, no caminho, no sol, no ônibus, na música que ta tocando no rádio, isso quando não é Jorge Vercilo, Djavan ou Ana Carolina. Fora esses, até rola qualquer coisa.

Acordo de madrugada pra ver séries, sozinho, com sono ainda, mas posso dormir outra vez, e posso aproveitar alguma outra hora do dia pra meus sacerdócios, pra tomar o café de cinqüenta centavos diários, pra fumar, pra beber sem ter programado com ninguém, ou ler um livro inteiro, ou fazer planos pro futuro que vem vindo e parece ser melhor.

Melhor que já estar feliz.