terça-feira, abril 17, 2007

Silêncio, silêncio, silêncio.

Foi brincar de Fante e deu no que deu. Vivendo pra escrever e essa coisa toda, do nada é que se perde o controle. Assim mesmo: do nada. Você começa a caminhar, e acha, e tenta entender se é isso mesmo, e canta a música, e resolve que é e pronto. Você aceita e deixa viver do jeito que a vida vem. Como um caminhão de gás.

Você foi. Viveu. Aceitou. Deixou. Cantou o refrão inteiro. Só entende, meu filho, que você gostou e agora seja homem o bastante pra colocar a cara pra fora da janela, pra comprar o pão que vocês vão comer no próximo domingo. Você fica aí, cheio de coisinhas e medos, cheio de dedos, de frescura, de talvez e de senões. Cala essa cabeça e vai.

VAI. Ah, e vê se não chora quando tocar Stereophonics no carro voltando pra casa de madrugada. Liga, escreve, dá sinal de vida. Segue. Se o caminhão te atropelou, problema seu. Levanta e continua que ela ainda respira no seu abraço. Acorda e vai. Acorda e volta. Acorda e vira homem, que o mundo não te espera. Ele te quer agora.

VAI VIVER. VAI.