sexta-feira, agosto 18, 2006

Caixa de bombom.

Um caminho novo. Alguns passos tentando reconhecer algo de familiar no chão. Coisas tão novas mostrando que talvez o mundo tenha realmente mudado em três meses. O violão mais uma vez sem a corda mi menor.

Parece familiar? Pessoas diferentes e a sensação de que sou mais forte assim. O cheiro da tarde ou da terra também mudou? Talvez sim. Um silêncio que parece respiração. As canções começam a tocar aos poucos. Tudo muito como tinha fresca.

O que esperar daqui pra frente? Parece bonito o horizonte. Vejo lençóis coloridos, camisa de cor única e cartazes nas paredes. São muitos. Um violão. Pessoas cantando baixinho. Óculos. Um gole de qualquer bebida, um trago de qualquer cigarro. Uma liberdade que parece o mar.

No Rio de Janeiro o mar e o sol aos sábados parecem namorar. Uma coisa definitivamente muito forte. Acho que o novo parece com isso. Pelos menos na cor. Você entende?

Sentado calmo em qualquer banco é fácil escutar os ruídos do fim da tarde. 17:57. Alguém já reparou o movimento das pessoas na Marquês de Abrantes a essa hora? Sempre me emociono com isso. Não sei a razão.

Um teatro, o cinema na última sessão. Sabe aquela do Estação às vinte e uma horas e alguma coisa? Ou talvez vinte e duas horas e alguma coisa? Algo que eu sinto do mesmo jeito. A Voluntários da Pátria talvez tenha poesia nos cinemas. Ou será naquele café ao lado do Espaço Unibanco? Engraçado o sentido disso tudo, não é mesmo?

Talvez todo mundo sinta... ou ninguém.

As revoluções.

"Uma ponta de luz, uma gota no sal, qualquer coisa que te faça um bem ou te lembre de mim no mal de alguém."