quinta-feira, julho 06, 2006

Zidane



Gênios erram. Dizem bobagens. Perdem. Gênios têm vícios.

E talvez sejam tão poéticos por isso mesmo. A superação diária dos erros e a valorização sem medo dos defeitos são forças transformadoras.

Nos esportes coletivos eles transformam todos que estão ao seu lado. Mostram o quanto é libertador não se preocupar com o erro. Todos são mais livres assim.

Durante a minha vida inteira conheci pessoas mais preocupadas com os erros do que propriamente em acertar. O fazer errado era sempre a força motriz de tudo. “Melhor não fazer nada que errar!”.

Assim vão seguindo, castradas sempre pelo medo.

O que mais aprendo observando os gênios é isso: A elegância de assumir o que seria ruim como uma virtude.

Durante essa Copa, jornalistas do mundo inteiro reforçaram a tese de que esse seria o mundial do preparo físico. O próprio Carlos Alberto Parreira insistiu muito na expressão “Copa da Saúde” para destacar o vigor físico como a questão fundamental para os vitoriosos.

Aí um argelino naturalizado francês mostrou que vigor físico decide maratonas. Quando o esporte tem uma bola, aí meu amigo: é outra conversa.

No futebol moderno, Zizu é um gênio a moda antiga.