segunda-feira, junho 30, 2008

Alguma Coisa Certa

Ela atravessa a Rua das Laranjeiras com uma sacola de compras na mão. Frutas, pão e pó de café. Usa uma blusa branca e o jeans azul surrado que adora. Sorri por saber que o sol dessa tarde só mostra o sentido que a palavra faz na canção que ela cantarola enquanto caminha com o coração batendo acelerado.

Tudo ao mesmo tempo. Sorriso, pensamento, canção e um sonho vestido de calor verde-celeste. Escreve seu nome com os dedos na vidraça morta e úmida do edifício número 153.

quarta-feira, junho 25, 2008

Subliminar

Sabe o que eu mais gosto no M.M?

M.M. e as menininhas.

terça-feira, junho 24, 2008

Orientalidade

Teoria da Orientalidade:

Viagem minha atual baseada nas teorias de horizontalidades/verticalidades do geógrafo Milton Santos e acaba servindo como uma terceira via. Onde o sujeito deve viver só com suas necessidades básicas e evitar as neuroses ocidentais como o amor, o tédio, a carência e o dinheiro. Comida pra comer, água pra beber, roupa pra vestir e no máximo um carinho (ou sexo) com pessoas extremamente legais. Quem vive a orientalidade evita o conflito cagando para quem vem encher o seu saco. Lê livros, ouve discos até a década de 70 e evita conversas banais, fundamentalmente se elas tratarem da vida alheia.

"Do outro quase sempre vem problema" é um postulado básico do jeito de viver a orientalidade cotidiana. Você vai ao supermercado sozinho pra ouvir só o que te interessa, usa o transporte mais barato e lógico que estiver ao seu alcance, e principalmente, não gasta dinheiro com coisas que não são funcionais. As coisas devem servir muito bem pra alguma coisa, se elas só servem pra diminuir alguma falta emocional, o problema é seu e não é comprando que você vai resolver.

Evitando os chatos do mundo e gastando bem seu (pouco) dinheiro, a teoria da orientalidade resolve 99% dos seus problemas diários.

domingo, junho 22, 2008

Começando com um silêncio leve

Acho que voltei, voltei a passear por aqui e agora penso que quando a chuva e o frio chegam a Salvador deve ser um período bem bonito, mas o estranho é que perdi um pedaço considerável do Lisboa, meu romance, e com certeza lá na frente ele vai me fazer falta, vou sentir saudade do frio que fazia na cena que perdi, mas foda-se também, já escrevi outra parte que talvez fique melhor que a anterior.

Nunca se sabe ao certo.

Ando sonhando com o caminho escondido que liga Botafogo a Rua das Laranjeiras. Ele existe, eu sei, mas talvez só apareça durante a madrugada. Como uma entidade do folclore carioca. Vou procurar melhor.

sexta-feira, junho 20, 2008

Meio-Ano

O frio chega e vai embora sem dizer muita coisa. Fechando e abrindo a geladeira. A noite inteira. Pessoas passando pelo vão entre a luz e o concreto. Eu pensando em alguém que não quer pensar nisso. Ela ri e caminha pela madrugada sem saber. Pensando bem, ainda faz frio. Muito frio.

Deixa eu te levar então
Pra onde eu sei que a gente vai brilhar.
Ouve o teu coração
Batendo travado
Por ninguém e por nada.


Minha vida anda assim.

Uma canção bem Dé / Cazuza / Bebel.